Urbanização

As grandes cidades mundiais

As maiores aglomeraç~eos urbanas estão localizadas nos países em desenvolvimento. Apenas 5 das 20 aglumerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes continuam a pertencer a países desenvolvidos: Tóquio, Nova Iorque, Osaka-Kobe, Los Angeles e Moscovo.

As grandes cidades exercem a sua influencia sobre espaços cada vez mais vastos, dinamizando o seu desenvolvimento e a formação de metrópoles – extensa área urbanizada constituída por uma grande cidade e pelas áreas urbanizadas envolventes (os subúrbios).

Existe uma hierarquização das metrópoles dos espaços controlado por elas:

  • na base, encontra-se a região, organizada em redor de uma metrópole regional;
  • no nível superior, os centros metropolitanos mais importantes cuja área de influencia é nacional ou mesmo internacional;
  • por último, algumas metrópoles pelo seu poder e capacidade de decisão são qualificadas como cidades globais ou cidades mundiais.

No topo da hierarquização das cidades globais encontramos Londres, Nova Iorque e Paris, porque exercem maior influencia à escala mundial.

As grandes aglomerações urbanas que as constituem estão ligadas por uma rede de comunicações muito densa e apresentam-se como lugares centrais do processo de globalização.

A economia mundial organiza-se apartir das metrópoles, que são simultaneamente concorrentes e complementares.

Três magalópoles:

  • norte-americana, Boston a Washington;
  • Europa, de Londres a Milão;
  • japonesa, de Tóquio a Nagasáqui.

O crescimento da população

Apesar da taxa de urbanização dos paíse em desenvolvimento ser menor do que a dos países desenvolvidos, 69,5% da população urbana mundial pertence aos PED (países em desenvolvimento).

O poder atractivo das cidades

As cidades como pólo de desenvolvimento

As cidades favorece as trocas, a circulação de bens, de capital, a produção e mão-de-obra.

As cidades também aceleram as transformações sociais (indicadores mais altos de saúde, alfabetização e mobilidade).

Nos países em desenvolvimento, o aumento acelarado da taxa de urbanização deve-se à atracção que as cidades exercem nas populações rurais que aí procuram encontrar emprego e melhorar as suas condiçãos de vida.

Os jovens rurais são atraídos pelas cidades, porque estas ofrecem a possibilodade de sair da miséria, libertarem-se do funcionamento socialmente rígido e controlados das comunidades rurais.

 

• Os critérios utilizados para definir cidade

Os critérios estatístico mais utilizados para definir uma cidade são:

  • o demográfico – população absoluta ou densidade populacional;
  • o funcional – tipos de actividade exercida pela população residente.

O elevado número de habitantes, a densidade populacional e as funções exercidas são características gerais de qualquer cidade.

Nos países menos desenvolvidos é comum termos aldeias gigantescas, mas onde a esmagadora maioria da população se ocupa da agricultura.

Em Portugal, o Instituto Nacional de Estatística passou a considerar “centro urbano” todas as aglomerações com mais de 100 000 habitentes e as que, mesmo não atingindo aquele número, fosse capitais de distrito ou tivessem adquirido anteriormente o estatuto de cidade (por decisão política).

 

• A diferenciação dos lugares: paisagem urbana e paisagem rural

Na actualidade é difícil estabelecer distinção entre a cidade e o campo. Os limites geográfico de uma cidade podem por vezes, ser definidos por critérios administrativo, pois é muito difícil traçar uma linha de fronteira que divida a cidade do campo, recorrendo apenas à observação directa.

As paisagens urbanas apresentam alguns traços característicos comuns:

  • edifícios mais ou menos altos e compostos;
  • forte concorrência da utilização do solo, o que torna o solo urbano mais caro;
  • intensa actividade comercial – grande número de lojas;
  • movimento constante de pessoas e veículos;
  • grande diversidade de serviços – escritórios, bancos;
  • numerosos equipamentos sociais, culturais, desportivos e ligados ao lazer.

As paisagens rurais estão associadas:

  • ambientes tranquilos;
  • a pequenas povoações dispersas no território, com pouca população;
  • domino das actividades agrícolas, da pastorícias e exploração florestal.

Urbanização e ruralidade

As cidades encontram-se no centro das redes de transportes e da organização dos espaços industriais ou turístico. A população urbana não pára de crescer, mesmo nos países mais pobres.

Nas áreas rurais dá-se o êxodo da sua população, insatisfeita com os fracos rendimentos, a dificuldade em arranjas trabalho alternativo melhor rendimento, ausência de numerosa serviços e modernização da agricultura.

As etnias como factor de difrenciação cultural

A etnia é conjunto de indivíduos que historicamente tem em comum elementos como: a historia, o território actual ou passado, a língua, a religião e a tradição cultural. A diversidade étnica tem origem no modo variado como se conjugam os factores referidos.

Um pais pode ter várias etnias e um determinado grupo étnico pode estar espalhado por vários países.

Alguns conflitos tem origem na diversidade étnica. Os conflitos ocorrem por: disputas territoriais, lutas contra a submissão politica, religiosa e cultural em relação a outras etnias, desigualdades politicas e econômicas entre grupos étnico.

Muitos conflitos têm origem na divisão de fronteiras elaboradas pelas antigas potencias colonizadoras, que não tiveram em conta e diversidade étnica dos territórios. Separavam povos da mesma etnia e juntavam grupos étnicos noutros territórios.

• A religião como factor de diferenciação cultural

As religiões estão na origem de todas as civilizações, mas o fenómeno das migrações tem um papel muito importante na difusão das regiões.

Em alguns países existem uma relação muito estreita entre estados e religião. Como por exemplo no Irão a religião muçulmana é considerada a ideologia do estado, factor que causa uma certa confusão entre políticos, religião e estado.

Nos noticiários, as diferenças religiosas têm sido usadas para justificar conflitos como por exemplo entre sunitas e xiitas, entre israelitas e palestinianos, e muitos outros.

• A língua como factor de identidade cultural

A língua é um meio de expressão de uma sociedade, não só como veículo de comunicação, mas também como elemento de identificação e de organização da relações entre as comunidades, os povos e estados.

Só cinco línguas são faladas por mais de 50% da humanidade, português é uma delas.

Com intensos movimentos migratórios e trocas comerciais, o homem passou a falar outras línguas, com francês, alemão e inglês.

No interior de muitos países a grande diversidade de línguas tem levado a alguns conflitos. A UNESCO, com o objectivo de combater os problemas, respeitar a diversidade e facilitar a comunicação entre povos, recomenda que os Estados dêem reconhecimento público a uma língua materna e a uma língua internacional.